Sobre as eleições na Bolívia

O partido de Evo Morales ganha as eleições de forma categórica, não deixando espaço para outras interpretações sobre as eleições do ano passado que não seja o velho e clássico golpe de Estado.

Se a medida de alteração ao limite de mandatos, contida na revisão constitucional feita pelo partido de Evo mereceu as maiores críticas, a verdade é que Evo e o MAS (Movimento Al Socialismo) construíram política na base, com os povos indígenas a terem voz e vez.

Nacionalizações de empresas de matérias primas ou energéticas conjugadas com uma melhor repartição da riqueza trouxeram apoio popular ao projeto do MAS, negando inequivocamente o projeto ultraliberal, perdedor agora mais uma vez nas urnas.

Os perdedores e a comunidade internacional parecem reconhecer pacificamente os resultados das eleições, mas sabemos que a Bolívia tem um histórico saliente em golpes de Estado. Atualmente milícias e polícia estão preparadas para instalar o terror social, como no ano passado, e pavimentar o regresso dos militares liberais.

Tem de haver toda a atenção para Musk e seus capachos bolivianos. A disputa pelo lítio é central no processo de descarbonização da sociedade. Só muita determinação do povo boliviano e toda vigilância internacional podem impedir mais um golpe.

Estaremos atentos e solidários.

Viva a Bolívia!

Viva o povo boliviano soberano!

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