Quando um grupo de generosos e corajosos capitães desencadeou o golpe de estado de 25 de abril de 1974, estariam longe de imaginar a amplitude e força do movimento popular que irromperia pela porta que derrubaram.
Novos partidos, sindicatos livres, comissões de moradores, associações, comissões de trabalhadores eram — entre muitas outras — expressões diversas de um poderoso movimento que acabou com os resquícios do anterior regime e começou a construir um “outro mundo”, sem guerra colonial, com menos desigualdades, mais justo, com democracia.
O passo da Revolução foi travado em 25 de novembro de 1975. Mas, apesar de sucessivamente truncadas, ainda hoje permanecem muitas das conquistas do chamado PREC (“Processo Revolucionário em Curso”).
A esperança e a luta por um mundo melhor, à época vividas intensamente, emergem hoje em cada luta. Com novos objetivos parcelares, como é evidente. E , necessariamente, incorporando as lições de derrotas posteriores.
O Via Esquerda associa-se à festa e à luta do dia 25 de abril. Na rua — é claro — e publicando um incisivo artigo de opinião de Mário Tomé, militar com papel destacado no PREC e na luta política que se lhe seguiu.
Foto: Hemeroteca Municipal de Lisboa on Visualhunt