Marisa Matias, eurodeputada e candidata presidencial apoiada pelo BE, considera um passo positivo o acordo estabelecido no Conselho Europeu para a redução de pelo menos 55% nas emissões líquidas de CO2 até 2030, tendo como ponto de partida os valores de 1990. A anterior meta era de apenas 40%.
O acordo agora obtido enquadra-se na Lei do Clima que obriga juridicamente os 27 Estados-membros à obtenção da neutralidade carbónica até 2050.
Ainda assim, Marisa Matias considerou insuficiente a meta de 55%. À semelhança do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL) de que faz parte, a eurodeputada do BE defendia uma meta de redução de 70% de CO2, para prevenir eventuais derrapagens no ritmo da redução. De resto, em 8 de Outubro, o próprio Parlamento Europeu (PE) aprovara um mandato de negociação que defendia uma redução de 60% nas emissões até 2030. Portanto, também acima dos 55% fixados no acordo final.
“Ficamos sempre num meio caminho em relação às exigências”, explicou Marisa Matias. “Nesta altura, já deveríamos estar a trabalhar nos transportes, reforçando os transportes coletivos e o investimento na ferrovia”.