Predominam na mostra as paisagens que o mestre espanhol do «ar livre» e da «luz intensa» executou nas suas viagens pela Espanha da viragem dos século XIX para o século XX, desde a sua Valência natal até ao País Basco e à Andaluzia, participando num movimento cultural que buscava uma outra imagem do país, alheada da representação historicista de glórias passadas e encontrando-a na pura paisagem, tanto das regiões da periferia peninsular quanto nos campos da Mancha ou de Castela e seus monumentos.

A seleção de peças contempla também algumas pinturas fundamentais da sua «imagem de marca»: as cenas de beira-mar em praias do Levante, com as brincadeiras estivais de crianças e jovens veraneantes e a faina dos pescadores das costas de Valência.
Sorolla é um dos grandes vultos da pintura moderna europeia e continua a ser muito mal conhecido em Portugal. Esta é uma oportunidade para se contactar com um núcleo fundamental da sua obra, antes mesmo da grande exposição antológica que a National Gallery de Londres prepara para a Primavera de 2019.
Texto da Comissária da Exposição, Carmen Pena, extraído da página do Museu Nacional de Arte Antiga