“Raiva”: a revolta surda em carne viva

Alentejo, 1950. Nos campos desertos do Sul de Portugal, fustigados pelo vento e pela fome, a violência explode de repente: vários assassinatos a sangue frio têm lugar numa só noite. Porquê? Qual a origem dos crimes?

“Raiva” é m filme duro, como dura era a vida de quem vivia da força do trabalho nos campos do Alentejo fascista, dominado pelos latifundiários. Uma história recente que tem de ser contada para que não se perca a memória de tempos de repressão, de pobreza extrema e da condenação à “morte” de famílias inteiras por falta trabalho. Não dar trabalho era forma de controlo político e social.

Com realização de Sérgio Tréfaut, “Raiva” adapta ao grande ecrã a obra “Seara de Vento” (1958), de Manuel da Fonseca, um clássico do neo-realismo português inspirado num evento verídico acontecido em Beja, em 1930. Interpretações de Hugo Bentes, Sergi López, Catarina Wallenstein, Rogério Samora, Adriano Luz, Leonor Silveira, Lia Gama, Isabel Ruth, Diogo Dória e Luís Miguel Cintra, entre outros

 

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