ProTEJO quer saber quem contamina o estuário do Tejo

Recentemente, o Governo identificou algumas melhorias na qualidade da água do Tejo a jusante da ponte Vasco da Gama. Implicitamente reconhece-se que, a montante dessa ponte, a qualidade da água do estuário continua muito degradada. Há fortes impactos ecológicos negativos sobre a sua biodiversidade, com significativos prejuízos para a atividade piscatória, em particular para a apanha de bivalves, e desenvolvem-se práticas com elevados riscos para a saúde pública.

A este respeito, a plataforma ambientalista proTEJO quer que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) “promovam a identificação das origens da contaminação microbiológica e de metais pesados que estão a deteriorar a qualidade da água do estuário do Tejo e tomem as ações necessárias à sua eliminação, bem como procedam à responsabilização dos agentes poluidores da bacia hidrográfica do Tejo, nomeadamente, do estuário do Tejo, do rio Tejo e dos seus afluentes.”

Para a Pro TEJO, é imprescindível conhecer “se esta poluição resulta do insuficiente tratamento de águas residuais e de passivos ambientais existentes na envolvente área metropolitana de Lisboa e/ou de ocorrências de poluição a montante da bacia hidrográfica do Tejo, ou seja, com origem no rio Tejo e nos seus afluentes.”

Os ambientalistas defendem ainda que APA implemente as medidas que permitam que as massas de água da bacia do Tejo alcancem um bom estado ecológico e que seja reativada a “Comissão de Acompanhamento sobre a Poluição do rio Tejo”, desativada em 2018, com o objetivo de delinear um “Plano de melhoria da qualidade da água do estuário do Tejo”.

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