Em carta aberta dirigida aos ministros do Ambiente e da Saúde, o proTEJO – Movimento pelo Tejo pergunta por que razão “não é facultado acesso à informação das 10 novas licenças definitivas das ETAR para emissão de efluentes rejeitados no rio Tejo, cujo prazo para pronúncia dos interessados terminou no dia 24 de abril de 2018”.
“Tendo em vista conhecer da adequação das medidas tomadas para conter esta poluição”, o ProTejo já pediu esses dados há muito tempo. Mas ainda não recebeu resposta.
Caso o governo insista em esconder essa informação, o ProTejo ameaça “comunicar esse facto às autoridades competentes, no sentido de serem respeitados os normativos de acesso à informação, nomeadamente a Convenção de Aarhus”.
Além disso a plataforma ambientalista quer ainda saber que análises foram realizadas à água e aos peixes mortos no mês de julho de 2018, em diversos episódios, ao longo do rio Tejo, “nomeadamente, em Abrantes e Santarém, tendo aparecido uma “quantidade significativa” de peixes mortos nas praias dos Moinhos e do Samouco, em Alcochete, no distrito de Setúbal, para além da presença de “espumas muito pouco habituais” que poderão ter origem em descargas a montante do rio Tejo”.
“Quais as causas que estiveram na origem das suprarreferidas mortandades de peixes e que ações e medidas foram ou vão ser tomadas para evitar novas ocorrências?”, pergunta o ProTejo. “Existem riscos na cadeia alimentar com origem na poluição suprarreferida, nomeadamente, sobre as espécies piscícolas e os produtos hortícolas regados com a água do rio Tejo e seus afluentes? Em caso afirmativo, quais os riscos existentes?”, querem também saber os ambientalistas.
ProTejo reúne dia 1 de setembro
O proTEJO – Movimento Pelo Tejo convida todas as organizações e cidadãos que partilham os seus objetivos para uma Reunião de Trabalho que se realizará no dia 1 de setembro de 2018 (sábado) pelas 14 horas e 30 minutos, na sede da Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha (ex-Junta de Freguesia da Moita do Norte), com a seguinte ordem de trabalhos:
1º Balanço de atividades desde Abril;
2º Solidariedade com ativistas ambientais alvo de processos judiciais;
3º Estado da qualidade e quantidade de água do rio Tejo e afluentes;
4º Programação de ações em defesa do Tejo;
5º Diversos.
Foto em destaque: Visualhunt