Numa iniciativa junto ao Tejo, em Vila Velha de Ródão, o movimento pelo Tejo – proTEJO, exigiu ao Governo que “monitorize com seriedade” as descargas de efluentes da empresa Celtejo e quer a divulgação pública dos resultados dessa monitorização.
“Aquilo que viemos fazer, foi (…) dizer que queremos que o Governo monitorize com seriedade essas descargas de efluentes da Celtejo, quer em quantidade, quer em termos da qualidade em que os efluentes são descarregados no rio Tejo e que divulgue esses resultados, para que possamos todos estar mais tranquilos (…)”, disse Paulo Constantino, da ProTEJO, à agência Lusa.
Este movimento de cidadania em defesa do Tejo promoveu no cais fluvial de Vila Velha de Ródão, o evento “Vogar contra a indiferença”. A iniciativa, que se realizou pela sexta vez, visou consciencializar as populações para a conservação do rio e contra a indiferença por causa dos problemas de poluição.
O encontro contou com a participação de representantes de vários outros movimentos ecologistas como a Quercus, a Zero, o GAIA e o “Tavira em Transição”. Num debate bastante participado, os ecologistas debateram as dificuldades que enfrentam na sua atividade, designadamente a ofensiva das entidades suspeitas de poluição que, dotadas de poderosos recursos financeiros, levantam sucessivos processos judiciais.
O dirigente da ProTEJO Paulo Constantino explicou a razão da concentração em Vila Velha de Ródão: “Quisemos cá vir outra vez depois de o Ministério do Ambiente já ter reconhecido que um dos problemas da poluição e da elevada carga poluente no rio Tejo ser a Celtejo e, portanto, ter revisto a licença dessa empresa no sentido de haver uma menor descarga de poluentes no rio e também de tornar adequados os coeficientes de qualidade desses efluentes”.
Já sobre o depósito de lamas instalado num terreno junto ao monumento natural Portas de Ródão, disse que foi uma decisão com a qual o movimento não concordou. “Chegámos a propor ao ministro, antes de acontecer e de haver já a remoção de terras, propusemos um método alternativo que não implicava a ocupação do terreno nem as mexidas das terras. Esse método também não foi aceite”, frisou.