A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou recentemente dados preocupantes sobre a poluição do ar em Portugal e no resto do mundo. Em causa está a poluição com partículas finas (PM2,5), que a OMS considera não deverem ser superior a 10 microgramas por metro cúbico de ar. As investigações da OMS incluem dados para cerca de cinquenta localidades no nosso país.
As partículas finas entram nos pulmões e no sistema cardiovascular, podendo causar doenças que podem ser fatais, tais como infecções respiratórias, obstruções pulmonares, derrames cerebrais e ataques de coração.
Embora mantendo-se em níveis estáveis ao longo dos últimos seis anos na Europa e América, a poluição do ar continua extremamente alta em várias partes do mundo. A OMS revela que 9 em cada 10 pessoas no planeta respiram ar contendo um nível muito elevado de elementos poluidores.
A organização internacional estima que anualmente no mundo morrem cerca de 7 milhões de pessoas por problemas causados pela poluição do ar. Só em 2016, a poluição ambiente (no exterior) causou cerca de 4,2 milhões de mortes, enquanto que a exposição ao ar poluído dentro de casa (através do efeito da combustão provocada pela queima de combustíveis para cozinhar alimentos) causou cerca de 3,8 milhões de fatalidades no mesmo período.
Segundo a colecção de dados apresentada no Diário de Notícias, na sua edição online de 02 de Maio, na comparação com o resto do mundo, o máximo registado em Portugal foi em Estarreja (15), enquanto que a cidade mais poluída do mundo, Muzaffarpur, na Índia, registou 197 microgramas/m3 – um valor que estará, no entanto, a ser revisto.
De acordo com o diário, os 15 locais que excederam o limite de 10 microgramas por m3 em Portugal são os seguintes:
Estarreja – 15
Almada – 14
Cascais -14
Lisboa -13
Portimão – 13
Albufeira – 12
Buraca – 12
Faro – 12
Algueirão-Mem Martins – 12
Ílhavo -12
Marateca – 12
Aveiro – 11
Foto: Cai Santo on Visual Hunt