O trabalho contra o capital na contestação social

Tudo ia bem, aparentemente, no reino do governo PS o que lhe permitia sonhar com uma eventual maioria absoluta em próximas eleições.

Tudo aparência. Já que nos subterrâneos da luta entre as forças do trabalho e as do capital, as contradições são ininterruptas, e geram descontentamento, revolta e contestação social ao governo PS.

O que existe são relações de exploração e dominação das forças do capital sobre as forças do trabalho, impostas através da propriedade dos meios de produção, das leis laborais, da carestia de vida, dos horários de trabalho, das forças de repressão, dos tribunais e da máquina do estado, ontem liderado por PSD/CDS, hoje pelo PS, que continuam a servir o domínio do capital sobre os trabalhadores.

Os acordos mínimos, conseguidos pelo governo PS, serviram para recuperar alguns rendimentos, travar alguns despedimentos e disfarçar alguma austeridade. Coisa pouca comparada com os mais de 17 mil milhões de euros, a parte de leão que as forças do capital obtivera, da parte deste governo seu servidor.

Às forças da Esquerda caberá, certamente, apoiar, acarinhar e ajudar todas as lutas sociais em curso. Apoiar esses milhares e milhões de carenciados, de precários, de desprotegidos, de pobres, de estivadores, de professores, de enfermeiros, de polícias, de sem abrigo e seres que nascem, se transformam e morrem sem conseguir um trabalho remunerado.

Às forças da Esquerda caberá, certamente não se distraírem enredados no parlamentarismo e assumir o seu papel político de elevar a luta reivindicativa num movimento de revolta cidadã, dando-lhe uma saída política e programática.

A raiz de todos os problemas económicos, democráticos, culturais e sociais radicam no sistema económico de mercado vigente que nos domina e trousse até este beco.

Às forças da Esquerda cabe combater este sistema Capitalista, assente nos grupos económicos que detém a propriedade dos sectores estratégicos da economia, tais como: da banca, seguros, energias, transportes, agricultura industrias pesada e transformadora, do país.

Às forças da Esquerda cabe apontar como saída uma maioria social que apõe um programa de medidas de nacionalização dos sectores estratégicos da economia para ser possível uma distribuição das mais-valias para o reinvestimento na sociedade, visando o investimento público, criando de postos de trabalho, garantir o direito ao trabalho, salvando o serviço nacional de saúde, a escola pública, direito ao salário justo e garantir que cada cidadão possa viver com dignidade sem recurso a esmolas.

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