O fantasma político das eleições europeias

As eleições europeias, ao contrário do que a grande maioria dos portugueses que se abstiveram pensam, são cada vez mais determinantes para o nosso futuro.

É certo que a democracia também é isto, ou seja, cada um ter o direito a preferir não votar! Mas há um dever cívico que funciona como coordenada das nossas exigências democráticas. Quem tem moral para exigir se se alheia das responsabilidades?

Sim, porque votar, além de ser um dever cívico individual tem responsabilidades sociais, ou seja, reflete-se em todos nós e nos nossos territórios!

Quantos menos cidadãos decidirem, menos força tem o poder de decisão democrático, enquanto, por outro lado, se multiplicam pela Europa fora os grupos extremistas cada vez mais unidos em formato de Partidos e, com seguidores, que não se abstêm de votar, por estarem conscientes que desta forma consubstanciam o seu crescimento. Crescimento ameaçador!

É tão urgente mudar o paradigma do sufrágio como consciencializar os cidadãos desligados deste direito que, outrora, custou a vida a milhares de pessoas para se conquistar e hoje se ver tratado como um ato com tanto desinteresse. Sobretudo pelo eleitorado jovem.

É preciso atraí-los para participarem activamente na democracia, até porque, na sua maioria, os jovens europeus já nasceram todos em Democracias. Democracias essas, que para serem alcançadas, custaram a vida a muitas pessoas. Honremo-las!

Mas esta maldição do jejum ao direito de votar é transversal a todas as idades. Uns por relaxamento e comodismo, outros cansados dos Partidos tradicionais, outros ainda por mera opção de alheamento da política por considerarem não se fazer nada. Mas faz-se! Fazem! E são necessários.

Os políticos além de nos representarem, decidem o nosso futuro! Como tal, também nós cidadãos devemos escolher quem deve decidir por nós.

Colocar de lado os egoísmos individuais e o comodismo do conforto da abstinência.

É óbvio que há bons e maus políticos, como em todas as áreas profissionais da vida, mas nada pode subverter os valores fundamentais da Democracia, nem mesmo a própria Democracia por possibilitar aos eleitores de se absterem.

Cada vez temos mais Europa em Portugal, mas se queremos mais Portugal na Europa, TEMOS DE VOTAR!

 

Deixe um comentário