As canções do Zeca Afonso, a literatura com traços da cosmogonia indígena dos Zapatistas ou o teatro do oprimido utilizado pelo Movimento dos Sem Terra brasileiro, constituem exemplos que não deixam dúvidas sobre a profunda ligação dos movimentos sociais às artes e a capacidade de ambos contribuírem para o processo de emancipação social.
Há uma relação dialética entre dinâmica social e artes que amplia as possibilidades de desenvolvimento da sensibilidade, da imaginação, da inovação e da mobilização cidadã, fortalecendo as lutas sociais e a formação política.
Movimentos sociais e artes são aliados nos desafios políticos que enfrentam, nas múltiplas lutas ecossocialistas, pela emancipação do trabalho contra a exploração, pelo ambiente e pelo clima, pelos direitos sociais, políticos e civis contra todas as discriminações, pelo acesso à habitação, pela superação do conservadorismo e das instituições.
A relação da esquerda com os movimentos sociais e com as suas agendas encontra-se no centro da definição estratégica do caminho para a transformação radical da sociedade. As questões a que é necessário responder são imensas e implicam um esforço coletivo de conjugação de experiências e reflexões para lá chegarmos.
Movimentos Sociais e Artes
22 de Junho | Sábado | 14:30 horas | A Barraca – Teatro Cinearte | Lisboa
Maria Fernanda de Abreu | Margarida Fernandes | Helder Costa | Manuel San-Payo | Pedro Abreu | Teresa Sales | Mário Tomé