Ao fim de quase 8 décadas, está na hora de haver um plano para as infraestruturas aeroportuárias que permita uma diminuição faseada da operação no Aeroporto Humberto Delgado. Inaugurado em 15 de Outubro de 1942, o Aeroporto da Portela, hoje Humberto Delgado, foi-se perpetuando enquanto a cidade crescia à sua volta. Isto foi possível porque a localização do aeroporto na Portela sempre foi considerada não definitiva. Agora, PS e maioria do executivo municipal de Lisboa querem consolidar a principal infraestrutura aeroportuária do país no meio da cidade de Lisboa.
Na convocatória da “passeata” para o próximo dia 14, junto ao terminal das chegadas no aeroporto, os movimentos contestam a construção do chamado aeroporto complementar no Montijo devido aos graves problemas ambientais, de segurança e saúde para as populações, mas também porque visa aumentar e perpetuar a operação na Portela. Os movimentos afirmam: “Não queremos mais aviões em Lisboa nem queremos aviões no Montijo!”
A região de Lisboa precisa que o “phasing out” da Portela seja planeado e de um aeroporto que possa contribuir, de modo sustentado e planeado, para o necessário e emergente combate às alterações climáticas, em função das necessidades reais e não de projeções de crescimento insustentável do número de aviões.
O conjunto de subscritores da convocatória – Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não, Urtica, Lisboa Precisa, ATERRA, Uniões de Sindicatos de Lisboa e de Setúbal CGTP-IN e Sociedade Voz do Operário – refere que “Lisboa e o Montijo não podem ficar reféns dos interesses das multinacionais e, particularmente da VINCI, que detém a concessão de todos os aeroportos do país. A VINCI e os que a secundam não podem continuar a explorar a região de Lisboa até à exaustão e em claro prejuízo dos cidadãos, da sua saúde e segurança e do meio ambiente.”
Terminam com um apelo para dia 14: “Todos ao Aeroporto!”