Movimento Zero é a ponta do iceberg

O Movimento Zero é a ponta do iceberg de uma progressiva “milicialização” das forças de segurança institucionais. Estão em desenvolvimento um pouco por todo o mundo Ocidental, de democracias liberais, processos de formação de milícias para suportar a implantação de movimento populistas tendentes a instaurar regimes de força, do tipo fascista do século passado, adequados às atuais situações, de previsão de escassez de recursos e da necessidade das minorias privilegiadas se assenhorearem delas.

São movimentos conhecidos, do mesmo tipo das milícias paramilitares que atuam na América do Sul em proveito de grupos políticos e económicos para explorarem riquezas naturais e dominarem sociedades. São milícias como as que gravitam à volta de Trump, nos EUA.

Estas milícias estão a tomar as forças de segurança institucionais por dentro, como acontece no Brasil, por exemplo.

A invocação de questões sindicais, de dar força à autoridade é um discurso de adormecer meninos e uma mera tática oportunista para ganhar aderentes e milicianos.

Não seria de estranhar que por detrás dos agentes do SEF que assassinaram o cidadão ucraniano estivessem movimentos como o Zero. Do que se sabe, houve cumplicidades e atuações coordenadas para assassinar e esconder o crime.

O Estado de Direito, democrático é vulnerável a estas metástases que, como Zero, o corrompem e destroem.

Estes movimentos Zero são o braço armado – os jagunços – de projetos políticos estruturados, como é em Portugal o caso do Chega.

Vivemos um momento de ameaças ao Estado de Direito, às Liberdades e é por isso muito preocupante a cegueira de organizações políticas democráticas, que preferem entreter-se nos seus mesquinhos e pueris jogos de pequenos interesses, em vez de enfrentarem as grandes questões da segurança e a coesão da sociedade que estes Zero ameaçam.

A questão do assassinato do cidadão ucraniano, que deu origem, nove meses após a ocorrência, à histeria a que estamos a assistir (não por acaso) nos meios de manipulação da opinião publica, só por estupidez, ou cumplicidade pode ser centrada na demissão do ministro.

Estes órgãos de manipulação de massas estão, ingénua ou deliberadamente, a fazer-nos olhar para o dedo para não vermos as garras que ele esconde.

Os movimentos Zero nas polícias e nos serviços de segurança representam o Zero de defesa da sociedade perante os detentores da força.

Quem nos defende dos Zero quando são os Zero que demitem ministros?

Quantos jornalistas andam a viver em conúbio com polícias destes para obterem informações?

Por outro lado, se estes milicianos já dão a cara é porque têm as costas quentes nas chefias! Que o sistema de segurança institucional está corrompido até ao âmago!

Estes zeros, em minha opinião, já conseguiram demitir o ministro da Defesa, que não sendo um águia, foi corrido pela luta de poder entre a Polícia Judiciária e a PJM e não por qualquer outra razão e isto com a cobertura da anterior Procuradora Geral. Ganhou o Zero da PJ!

O movimento para afastar o atual ministro da Administração Interna, que também não é um águia, tem a marca do Zero. E a proposta de entregar o SEF à Polícia dos Zeros também tem que se lhe diga e se tema!

E, no final, até uma excelente jornalista como a Cândida Pinto foi enviada, pela Televisão Pública, para a Ucrânia fazer de Tânia Laranjo da CMTV!

Em conclusão: também há um movimento Zero na RTP, o que faz todo o sentido: nas sociedades da informação, o controlo da opinião pública é uma arma essencial à tomada do poder!

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