Um relatório do Tribunal de Contas Europeu (TCE) estima que, em Portugal e no ano passado, terão morrido prematuramente 6600 pessoas, devido á poluição atmosférica. Por ano, em toda a União Europeia (UE) essa cifra atinge as 400 mil mortes prematuras.
Nesse relatório, divulgado pelo jornal Público, a própria UE reconhece não estar a fazer o suficiente para proteger a saúde dos cidadãos e cidadãs da Europa.
Além das 400 mil mortes prematuras, a poluição gera ainda milhares de milhões de custos externos relacionados com a saúde. Além das doenças respiratórias e pulmonares, os poluentes atmosféricos provocam doenças cardiovasculares, do fígado e do sangue, assim como acidentes vasculares cerebrais (AVC). Além disso, agrava doenças crónicas, como a asma e a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e pode originar cancro, sobretudo nos pulmões.
Ouvido pelo jornal, o pneumologista Agostinho Marques, diretor de serviço no Hospital de S. João (Porto), afirma que a única forma de minimizar a poluição passa “ pela pressão da opinião pública”, e por “sair para a rua e exigir bom ar”. “Não há outra forma. A poluição penetra implacavelmente”
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