Milhares de professores em luta desceram em manifestação, nesta tarde de sábado, a Avenida da Liberdade em direção ao Terreiro do Paço.
Foi o culminar de duas semanas de greves de professores e auxiliares operacionais que levaram ao fecho de centenas de estabelecimentos de ensino por todo o país.
Os professores rejeitam os processos de municipalização da contratação pelos municípios, exigem respeito pelos seus direitos, o fim da precariedade e valorização da carreira docente. Na agenda reivindicativa mantém-se questões que continuam por resolver, como a contagem de todo o tempo de serviço prestado durante o período de congelamento das carreiras e o fim das quotas para o acesso ao 5.º e 7.º escalões da carreira docente.
O Governo tenta intimidar as lutas dos professores com ameaças de ilegalização das greves, chegando a colocar a GNR a controlar autocarros que transportavam professores para a manifestação em Lisboa.
As greves vão prosseguir, tanto as convocadas pelo Stop e outra série de paralisações distrito a distrito convocada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof) e outros sete sindicatos independentes.
(Foto Daniel Rocha – Público)
Perante a mansidão sindical e a sua subordinação aos calendários dos respectivos partidos, comentei aqui no dia 19 de Outubro de 2019 sobre o “Festival HabitACÇÃO”:
“… Uns sindicatos parece que andam meio anestesiados e outros que só se preocupam com reivindicações salariais… …Terão de reler a história do movimento sindical português de há cem anos, para ver se conseguem adaptar a linguagem aos dias de hoje e, principalmente, agir em conformidade”.