Greve climática: Não há planeta B!

Milhares de jovens manifestam-se hoje, em todo o Mundo, em protesto contra a passividade dos governos em relação às alterações climáticas  e exigindo medidas concretas e urgentes. Exigem que sejam limitadas as emissões de gases com efeito de estufa, que, segundo os cientistas de todo o mundo, estão a provocar alterações drásticas, graves e rápidas no clima da Terra.

“Não há planeta B!”, é um dos slogans que une este vasto movimento.

A juventude responde na rua ao apelo lançado por Greta Thunberg, uma jovem estudante sueca de 16 anos que desde o ano passado iniciou uma greve às aulas, exigindo mais ação para enfrentar as alterações climáticas.

Em Portugal realizaram-se manifestações em quase 50 localidades, com destaque para a grande manifestação que partiu do Marquês de Pombal, em Lisboa, em direção à Assembleia da República (foto em destaque). Em todo o país, milhares de jovens juntaram-se a esta luta, contando em muitos casos com o apoio de pais, de ambientalistas, de professores e das direções de muitas escolas. Aliás, as faltas às aulas durante o dia de hoje poderão ser justificadas.

Deputado Pedro Soares(BE): Faltam “coisas concretas”

Em declarações à comunicação social, o deputado bloquista que preside à Comissão Parlamentar de Ambiente, afirmou ser preciso antecipar o encerramento das centrais a carvão, avançar com a transição energética, sem esperar pelo funcionamento do mercado, através de benefícios fiscais. “Coisas concretas”, vincou, como a necessidade “imperiosa de fazer crescer a energia fotovoltaica”. Em Portugal a energia elétrica com esta origem mal ultrapassa 1% do total de energia produzida. Há países em que já chega aos 10%.

Para o deputado Pedro Soares, faz falta um instrumento que impulsione a transição energética, “um setor público que determine o ritmo dessa transição”, por enquanto “dependente dos interesses das empresas privadas”.

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