Após duas reuniões com os sindicatos, o governo PS continua a recusar a inscrição no Orçamento de Estado de verbas que assegurem aumentos salariais em 2021, para os trabalhadores. Com o pretexto de que a situação económica é “difícil”, o governo prepara-se para não assegurar sequer o 1% de aumento, garantido antes da pandemia.
A pretexto das dificuldades o governo diz que uma eventual melhoria de rendimentos só poderá ocorrer através de progressões e promoções na carreira. Uma mistificação, pois a generalidade dos funcionários públicos das carreiras gerais já subiram de nível nos últimos anos e, agora, só voltarão a subir daqui por dez anos.
A Frente Comum de Sindicatos da Função Pública continua a exigir um aumento de 90 euros para todos e assegura que os trabalhadores darão “resposta firme” à proposta governamental de “zero aumentos”. Em declarações ao jornal Público, Sebastião Santana, líder da Frente Comum, assegurou que iriam “mobilizar os trabalhadores na defesa dos seus interesses”. O governo “irá ter uma resposta firme dos trabalhadores da Administração Pública, perante um quadro em que propõe zero de aumentos”