Gestores de topo ganham com a crise

Segundo o Diário de Notícias (DN), no ano passado, os CEO do PSI 20 ganharam em média 46 vezes mais do que o custo médio que as suas empresas assumiram com os trabalhadores. Em média seria necessário trabalhar 46 anos para conseguir o valor que o CEO ganha em 12 meses. Há três anos, essa diferença era “apenas” de 33 vezes… Isto é, a desigualdade salarial agravou-se.

Segundo o matutino, o maior contributo para o aumento deste este fosso foi dado pela Jerónimo Martins.

“A dona do Pingo Doce pagou, em 2017, mais de dois milhões de euros ao presidente executivo, Pedro Soares dos Santos. Já o custo médio com trabalhador foi inferior a 13 mil euros”, explica o jornal. É o valor mais baixo da bolsa portuguesa, em resultado dos baixos salário no comércio e da elevada proporção de trabalhadores que o grupo emprega na Polónia, onde os salários são mais baixos. “Pedro Soares dos Santos ganha mais 155 vezes do que os funcionários. Em 2014, o CEO da Jerónimo Martins teve uma remuneração de 668 mil euros, 57 vezes acima da média dos seus trabalhadores.”

Já “António Mexia, o CEO que mais ganha na bolsa portuguesa, auferiu 2,29 milhões, mais 39 vezes do que o custo médio da EDP com cada trabalhador. Há três anos, tinha ganho 1,15 milhões, mais 23 vezes do que os funcionários da empresa.”

A crise não é para todos e há mesmo quem ganhe com ela.

Gráfico: DN

Foto: Visual Hunt

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