Honra-me ter-te tido como Camarada.

Vindos de longe, honra-me ter-te tido como companheiro, amigo e camarada desde a formação da UDP e nos caminhos por uma vida sem amos, no apoio às lutas operárias nos anos de 74/75, no apoio solidário à resistência dos trabalhadores da Lisnave contra os salários em atraso, participando em espetáculo de angariação de fundos, passando por tantas outras lutas e combates pelo Socialismo, pela Democracia.
O dia e a noite de hoje e de outros dias que virão, vão ser marcados por esse sentimento de perda de alguém que foi tão marcante nas vidas de milhões de seres no país e no mundo, por Novos Tempos e Novas Vontades. Foste um autor político produzindo cantigas que foram e serão armas afiadas contra a burguesia que nos deprime, oprime e, por isso mesmo, urge superar.
Todos sabemos ou deveríamos saber que a morte vem a seguir à vida, mas raramente estamos preparadas e preparados para a sua chegada. Aos familiares de José Mário Branco, o que mais lhes posso deixar são estas palavras de amizade e o desejo de que amparad@s em todos os entes queridos de que se rodeiam, superem estes momentos, sempre sofridos de perda de um ente querido.
Francisco Tomás
Morreu José Mário Branco.

Conheci o José Mário no ano da Revolução 1974, juntamente com a sua companheira Isabel Costa. Trabalhámos na formação do Núcleo dos Mineiros do Pejão da UDP- União Democrática Popular, partido de que foi um dos fundadores.
Não posso esquecer a sua solidariedade com os Mineiros do Pejão, levando até eles as suas canções de intervenção.
José Mário Branco, um imenso abraço. Até sempre camarada.
António Joaquim Soares Luz
Cerimónias Fúnebres
As cerimónias fúnebres de José Mário Branco têm lugar hoje, quarta-feira, a partir das 17h00 no salão nobre da Voz do Operário, em Lisboa.
O funeral será na quinta-feira, para o cemitério do Alto de São João pelas 17h30.