O contrato para a compra de 22 unidades automotoras pela CP – Comboios de Portugal, por 168 milhões de euros, tem um prazo de execução de oito anos, lê-se no anúncio do procedimento publicado em Diário da República.
No texto sobre o modelo de anúncio do procedimento de negociação para a compra de “12 unidades automotoras bimodo e 10 unidades automotoras elétricas, respetivas peças de parque e ferramentas especiais e a prestação de serviços de manutenção, preventiva e corretiva, acompanhada da prestação de serviços de formação” especifica-se que o valor do preço base é de 168,21 milhões de euros.
O contrato deve ser executado em oito anos, sem possibilidade de renovação e o prazo para apresentação das candidaturas será as “23:59 do 30.º dia a contar da data de envio do presente anúncio”, enquanto o prazo para a decisão de qualificação são “44 dias a contar do termo do prazo para a apresentação das candidaturas”.
Poderão candidatar-se as “instalações de fabrico e sistema da qualidade certificados conforme o normativo ISO 9001”, com experiência “fornecimentos de automotoras para serviço regional ou de longo curso, projetadas de acordo com a ETI Loc&Pas e autorizadas em conformidade para operação em pelo menos um Estado-membro da União Europeia, nos últimos cinco anos”.
Também devem ter experiência em “manutenção integral (preventiva e corretiva) e assistência técnica em unidades automotoras nos últimos cinco anos”, segundo o anúncio, que também impõe requisitos mínimos de capacidade financeira.
O diploma explica que a maioria do investimento em causa será assegurada por fundos europeus, num total de mais de 109 milhões de euros do FEDER e do Fundo de Coesão, a vigorar no período de programação 2021-2027. O restante valor – 58,8 milhões de euros -, será pago com recurso a verbas nacionais, nomeadamente do Fundo Ambiental, refere o documento.
O desinvestimento na ferrovia, por parte de sucessivos governos de PS, PSD e CDS levou o serviço ferroviário a a um nível extremo de degradação.
Esta encomenda, a satisfazer ao longo dos próximos oito anos, ainda que positiva, faz prever que a má qualidade do serviço ferroviário ainda irá manter-se por muito tempo
Noticia a partir da Lusa
Foto Nelson M Silva on Foter.com