A esquecida revolução húngara

Há 100 anos, nos primeiros dias de agosto de 1919, uma ofensiva conjugada dos exércitos romeno, jugoslavo e checoslovaco, colocou um fim sangrento na revolução húngara que, desde o anterior mês de março, havia proclamado uma República soviética. A ofensiva contra revolucionária foi apoiada em forças do próprio exército húngaro e por milícias ligadas aos setores mais reacionários da sociedade.

Durante os escassos meses que durou o governo de coligação comunista-socialista liderado por Béla Kun (na foto), o Conselho Revolucionário de Governação formou um exército vermelho, procedeu a extensas nacionalizações, coletivizou latifúndios, instituiu direitos laborais avançados e reconheceu minorias étnicas.

Infelizmente, as fragilidades do processo revolucionário – segundo Fernando Rosas, um socialismo construído a “partir de cima”, com escassa mobilização operária e camponesa – e o próprio contexto internacional não permitiram enfrentar com êxito a violência terrorista da reação.

Via Esquerda presta tributo aos trabalhadores húngaros que em 1919, há cem anos, ousaram romper caminho pelo sua libertação. A derrota desta e de muitas outras revoluções não mataram a esperança nem a determinação de lutar pelo Socialismo

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