20 – 27 Setembro: Greve Mundial pelo Clima – Greve Climática Global

A semana de 20 a 27 de Setembro foi designada como a semana da “Greve Mundial pelo Clima”. É um evento sem precedentes. Mais de 2600 iniciativas começaram já a ocorrer por todo o mundo para exigir que os líderes mundiais prestem atenção à iminente catástrofe climática.  Greta Thunberg, uma jovem ativista sueca, surge como a voz simbólica do movimento.

Estas ações decorrem no contexto de “um aviso à humanidade” escrito por cientistas climáticos em 2017. Esses cientistas resumiram as consequências catastróficas da ação humana no planeta, em particular a perigosa dependência da nossa civilização relativamente aos combustíveis fósseis.

Os seres humanos já induziram cerca de 1 ° C de aquecimento nas temperaturas globais e estamos à beira de chegar a mais de 2 ° C num futuro próximo. Tal aumento pode levar a um ciclo de aquecimento autoperpetuado no planeta, com a fusão de parte importante das áreas geladas nas calotes polares e ao consequente aumento do nível médio do mar ameaçando ecossistemas inteiros.

No enfrentamento da mudança climática não é possível deixar de colocar como central o sistema que a alimentou e agravou nas últimas décadas – o capitalismo global. O que é único no capitalismo, em comparação com os sistemas anteriores, é a tendência para medir a riqueza apenas em termos monetários, mercantilizando tudo o que seja passível de negócio e de obtenção de lucro.

O objetivo do capital não é criar bens e serviços úteis para as pessoas e para a sociedade, nem se comprometer com a sustentabilidade ambiental da atividade económica, mas tão só criar dividendos e acumular capital independentemente das consequências. A recente crise de 2007 constituiu bem o exemplo disso mesmo.

Para o dia 27 de Setembro, os movimentos e organizações pela Justiça Climática em Portugal divulgaram um manifesto que termina com um apelo à greve climática: “Paramos porque não é possível continuar a fingir que será com pequenos remendos e “ambições” que avançamos, mas sim com acções concretas e mudanças profundas, construídas socialmente para responder a um problema sem paralelo. Paramos pela vida. Paramos pelas nossas vidas. Paramos porque a máquina fóssil tem de parar e porque temos mesmo de ganhar este combate. Paramos porque não há mais tempo a perder.”

O portal Salvar o Clima indica várias ações previstas em Portugal para a greve climática de 27 de Setembro:

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